Artista plástica e pedagoga encontrou na escultura a expressão máxima da sua arte.
Desde cedo buscava, segundo as suas palavras, “reproduzir a profundeza da alma humana”. Foi então pesquisar sobre o limite delicado que existe entre a saúde e a doença, e as atitudes sãs ou alteradas do ser humano. A homeopatia unicista respondeu ao seu ensejo, e ela então passou a procurar “o fio condutor” que permite encontrar a imagem especifica do paciente na sua doença, imagem encontrada na patogenesia de cada medicamento.
“É o retrato dessa imagem, ou síntese, que procuro expressar através da arte, a substância constante do medicamento ou do paciente que dela precisa. A pesquisa que estimula o meu trabalho é a compreensão dessa substância, dessa permanência, do tema profundo central de cada medicamento, motor de saúde ou de doença no caminho da vida de cada um, que materializo nas minhas criações, as esculturas”.
As suas interpretações (poesias e “homeoesculturas”) baseiam-se principalmente nos trabalhos de pesquisa dos grupos masistas, em particular os da AFADH.
Ute Bauer apresentando uma escultura (Festival de Cas Cliniques – AFADH – França 2008)
Pulsatilla (2007)
Tudo parece incoerente,
O ressoar das palavras nos seus ouvidos,
O entorno e as variações do ambiente,
Como fazer que tudo seja coerente?
Como se integrar e encontrar o seu vinculo com alguém ou com o mundo?
Criar vínculos e
Cultivar relacionamentos
Permite viver e pertencer.
Castor equi (2005)
A mãe no frio inverno da separação
Acredita nas flores primaveris da sua filha;
A filha se prepara para se despedir da mãe;
O filho sem envolvimento, sem vinculo.
Quando o visco do medo nos paralisa
Precisamos confiar no desconhecido para poder nos desapegar!